Lembro da minha infância e da solitude em vários momentos. E tenho percebido cada uma das feridas e suas dores que carreguei e ainda carrego escondidas debaixo de algumas defesas. Agora estou aprendendo a cada dia como identificar essas defesas que disfarçam meu desconforto, encaro essa parte que dói e me desconserta,(ou seria desconcerta?) e acolho a dor. Dores. De vários tamanhos, tipos e intensidades.
E então associo e entendo a dor em vários momentos da vida, ela pedia, depois ela virava uma dorzinha de cabeça 🤕, uma febre 🤒, um cansaço inexplicável, uma falta de paciência...e virava dor de dente, alergias, doenças...
E quantas vezes eu sentia o abandono dos sentimentos, o zombar dos meus medos e aflições...eu sozinha, mesmo tendo muitos irmão, pais presentes, família grande. E sobrevivi, pois muito disso que senti foi um mero ponto de vista da minha criança, de uma conclusão errônea que nem sempre foi real, mas o sentimento foi legítimo. E por isso não há vítima nem algoz. Hoje vejo como um aprendizado, e enxergo também meus erros, para de outro lado reconhecer meus muitos acertos. Quando jovem adoramos achar um culpado pela nossa infelicidade, mas vamos amadurecendo e fica cada vez mais claro a auto responsabilidade em nossas vidas. O que chamamos de culpa se torna responsabilidade, e ao invés de punição resolvemos tomar consciência da importância de co-criar nossa realidade. A mudança é justamente essa tomada de consciência. E com a consciência dessa responsabilidade vamos experimentando cada vez mais liberdade.
Assim vou indo e fluindo, desapegando do que é denso. A bagagem 🧳 fica mais leve na jornada quando levo o essencial. Os aprendizados não ocupam espaço na ‘mala‘ e se tornam atalhos com lindas paisagens e descobertas incríveis pelo caminho!
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